Como investir no tempo livre de seu filho


COMO INVESTIR NO TEMPO LIVRE DE SEU FILHO

Em se tratando de educação, o Brasil ainda tem muito que evoluir e aprender com países que hoje são modelo neste quesito. Em diversos países como Finlândia, Coreia do Sul, Irlanda, Argentina e Chile, os alunos ficam em média nove horas por dia na escola, enquanto que aqui, a maioria dos alunos não fica mais do que cinco horas por dia. Isso interfere não só na qualidade da educação, como também no desenvolvimento e no futuro de nosso país.
Recentemente, um estudo feito com crianças entre 5 e 18 anos, realizado pela Sociedade para Pesquisa do Desenvolvimento da Criança, nos Estados Unidos, mostrou que estudantes que gastavam vinte horas por semana em cursos e aulas fora do horário escolar demonstraram melhor preparo educacional e psicológico. Pesquisas indicam também que a responsabilidade e a autonomia estimuladas nos cursos extracurriculares colaboram para um melhor rendimento escolar.
O que fazer com as crianças fora do horário da escola? Como preencher o tempo ocioso de seu filho? Essa é uma dúvida que hoje aflige muitos pais. Além da escola, é importante que a formação da criança seja complementada com atividades extracurriculares. Estas atividades ajudam no desenvolvimento de habilidades, de características pessoais, de conhecimentos e diferenciais que serão exigidos quando as crianças crescerem, como o Inglês e outros idiomas por exemplo.
Estimular a aprendizagem, as habilidades e o raciocínio significa aprimorar o desenvolvimento das crianças, o que resulta em adolescentes seguros e adultos melhores sucedidos.
Claro que lotar a agenda da criança, pode sobrecarregá-la e causar até aversão pelos estudos. A agenda da criança precisa ter um espaço livre para o lazer. Os pais não podem esquecer que crianças precisam de tempo livre para brincar e adolescentes, de pausa para descansar. O tempo livre também é importante para a saúde mental. A criança deve poder escolher o que fazer nas horas livres, sem ter o compromisso da rotina.
Na hora de escolher os cursos é importante que os pais estejam atentos ao perfil da criança para saber quais atividades serão melhores para ela.
Os cursos extracurriculares oferecidos geralmente se enquadram em três categorias: intelectuais, esportivas ou corporais e artísticas. O ideal é que a criança pratique pelo menos uma atividade em cada esfera, isso a auxiliará muito em seu desenvolvimento global como ser humano.
Aprender a se expressar, a lidar com suas emoções, autoestima e a timidez podem ser trabalhadas em um curso de teatro, enquanto o raciocínio lógico, a criatividade e a concentração são desenvolvidos nas aulas de música, por exemplo.
Já as atividades intelectuais começam um pouco mais tarde, geralmente depois dos 4 anos, quando as habilidades linguísticas estão mais consolidadas. Para aprender um segundo idioma, como o Inglês, é importante que a criança já tenha bem articulada a língua mãe, no nosso caso o português, isso fará com que ela não desenvolva posteriormente nenhum problema ou dificuldade de fala, linguagem e escrita. Depois de alfabetizada, a criança pode reforçar o que é aprendido na escola e está apta a ser alfabetizada em outros idiomas. As aulas de natação podem começar a partir dos 6 meses com os pais e ajudam a desenvolver a coordenação motora, sociabilidade, a segurança e sobrevivência dentro da água.
Enfim, as atividades extracurriculares além de preencherem boa parte do tempo livre e do dia de seu filho, são excelentes opções para evitar que ele passe o dia sozinho em frente à televisão ou do computador. Vão contribuir ainda para o desenvolvimento das inteligências, capacidades, e consequentemente na qualidade da formação e do futuro profissional que ele irá escolher. Agora que você já sabe a importância destas atividades, converse com ele a respeito, listem as opções e invista na educação sempre!

Anahid Fernandes