Educar para a vida

EDUCAR PARA A VIDA

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades.
para a sua própria produção ou a sua construção.”
Paulo Freire

Com um mundo cada vez mais competitivo e globalizado, educar crianças e jovens para o mercado de trabalho passou a ser um desafio cada vez maior para as famílias e escolas.
O que realmente garante uma boa formação e o sucesso profissional de uma pessoa hoje? O modelo de escola brasileira é adequado e prepara o aluno para a vida? Claro que toda regra tem sua exceção, mas o modelo atual na grande maioria das instituições de ensino está ultrapassado, é massante, cansativo e coloca o aluno numa posição muito passiva, atuando mais como ouvinte, do que como agente transformador e explorador do próprio conhecimento. Depois vem o mercado de trabalho e exige diferenciais de seus profissionais. Como, se eles não estão sendo preparados para isso?
O que vemos hoje são crianças cada vez mais desinteressadas pelos temas e conteúdos propostos nas aulas e consequentemente aprendendo mais fora do que dentro da escola. A tecnologia acelerou consideravelmente a quantidade e a velocidade das informações que chegam até as crianças com seus recursos, estímulos e ferramentas invejáveis. Despertar o interesse e motivá-las a aprender coisas realmente significativas, que irão fazer a diferença em suas vidas no futuro, tornou-se uma missão quase impossível.
Ensinar hoje não requer mais somente formação, é preciso sair da postura de mestre, “detentor de todos os saberes” e atuar como mediador e incentivador, proporcionando o conhecimento não somente de conteúdos, mas desenvolvendo habilidades comportamentais e emocionais que irão refletir realmente na formação de pessoas bem preparadas para lidar com os problemas sociais atuais.
Para despertar o interesse e o aprendizado dos alunos hoje, é preciso colocá-los em campo, fora da sala de aula, trabalhando em equipe, levando-os a refletir e procurar soluções para os desafios apresentados. Sem emoção e prazer não haverá aprendizagem! É preciso repensar e reformular as práticas de ensino, criar possibilidades para que o aluno se envolva e desenvolva todo seu potencial intelectual, crítico, criativo e principalmente ético. Se unirmos o útil ao agradável, levando para dentro das escolas todos os recursos que a tecnologia e a ciência nos trazem de benefícios com suas descobertas e evoluções, com certeza teremos aulas mais interessantes, alunos mais participativos e futuros profissionais mais engajados e preparados para solucionar os problemas que nós mesmos criamos!

Anahid Fernandes