Conheça o Parque multi sensorial iUP 6D

iUP 6D PARQUE MULTI SENSORIAL

Fundamentado no conceito de neuroeducação e estimulação na primeira infância, o IUP 6D Parque multi sensorial, foi idealizado pela Neurobrinq, uma startup brasileira que desenvolve ferramentas e soluções para as áreas da Saúde e Educação.
O parque nada mais é do que um ambiente interativo, onde a tecnologia proporciona novos recursos e infinitas possibilidades para educadores e terapeutas no que se refere ao desenvolvimento, prevenção e intervenção precoce de estímulos para crianças típicas, com atraso ou dificuldades de aprendizagem.
Mas como funciona na prática? Por meio de jogos e atividades interativas como: músicas, histórias e brincadeiras, a plataforma traz inúmeras possibilidades de programas e atividades que priorizam o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sensoriais e motoras importantes e fundamentais para crianças, ampliando a capacidade, melhor desempenho e funcionamento cerebral.
Imagine um jogo de escrita de palavras simples, escalando uma parede! Isso mesmo, nesta atividade, o desafio é tocar cada letra da palavra escolhida na sequência correta. Ou seja, o conhecimento é passado para a criança através de uma brincadeira. O espaço auxilia profissionais das áreas saúde e educadores no desenvolvimento de atividades, treinos e terapias despertando maior interesse e motivação das crianças.
Elas absorvem melhor os conteúdos e a mensagem, em um ambiente onde uma história é contada em um filme sensorial que envolve acionamentos de aromas, sensações climáticas, iluminação específica para cada cena, trilha sonora, efeitos especiais e, de quebra, ainda envolvem a criança na tomada de decisões de comandos e respostas.
Os resultados através desta prática estão se monstrando muito significativos tanto na parte social, comportamental, de linguagem e comunicação, como também raciocínio lógico. Neste ambiente
O “iUP 6D Parque Multi Sensorial” foi objeto de pesquisa científica da Neuropsicoeducadora Anahid Fernandes, na área Neurociência da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, o que dá mais credibilidade e referencial teórico a tudo o que é aplicado e proporcionado às crianças neste ambiente de estimulação infantil.

 

Pais conscientes e educadores

PAIS CONSCIENTES E EDUCADORES

“A falta de educação e consciência da nossa sociedade é a grande ameaça de todos nós
e principalmente do futuro de nossas crianças!”

Vivemos em uma sociedade onde a sobrecarga de trabalho e de atividades sociais tomam conta da maioria das famílias e muitas vezes a culpa e o excesso de amor nos deixam cegos. Geralmente tendemos a compensar a falta de tempo que temos com nossos filhos e a distância do dia-a-dia dando tudo que eles querem e pedem, aí começa o grande erro na educação das crianças!
Faz parte da natureza humana querer tudo que vê e o que lhe dá prazer. A criança por sua vez, imagina que tudo pode ser seu e está para lhe servir. Cabe aos pais ensinarem para seus filhos o que eles podem, ou não podem fazer; Que não se pode ter tudo e principalmente que devemos conquistar e merecer tudo aquilo que queremos. Quem tem tudo que quer, sem querer realmente, não saberá dar o devido valor as coisas, pois não as conquistou, não se esforçou para realizar seus desejos.
Ninguém nasce sabendo ser pai ou mãe, aprende-se a ser pai e mãe com cada filho e em cada situação. Quando trazemos uma criança ao mundo, temos o compromisso de ensinar-lhe o convívio social, e esse compromisso se estende ao longo da vida. Pais que se eximem da tarefa de educar seus filhos na tentativa de serem bonzinhos, acabam criando pessoas irresponsáveis, inconscientes e inseguras.
Até os seis anos de idade a criança passa pela fase de formação do caráter e de personalidade, construindo valores e comportamentos que a acompanharão por toda a vida. Um erro comum dos pais nesta fase é permitir que seus filhos façam tudo o que têm vontade por que ainda são pequenos e quando crescem, por volta dos sete, oito anos começam as cobranças repentinas. Precisamos lembrar que aquilo que se aprende na primeira infância fica por toda a vida e o que não se aprende quando pequeno fica muito mais difícil de ser aprendido depois.
A maior referência e a primeira escola da criança com certeza é a família. É na convivência com os pais que os valores são adquiridos e incorporados. Infelizmente, cada vez mais estamos delegamos a tarefa de educar nossos filhos para a escola, para os avós ou até mesmo para as pessoas que cuidam deles. Não que isso seja errado, ou que não faça parte das ações da escola e da sociedade, mas precisamos estabelecer padrões e rotinas onde diariamente dediquemos pelo menos uma hora de nosso dia para aprendermos a educar nossos filhos. A educação vem de casa e deve ser compartilhada com a escola, não deve jamais ser transferida, terceirizada, ou responsabilidade única da escola.
Educar é dar subsídios para que as crianças possam transpor limites, mas também reconhecerem os limites que não podem transpor! Educar é um fator fundamental para o desenvolvimento da cidadania. Conscientizar uma criança para o exercício pleno de sua cidadania é antes de tudo saber colocá-la em seu lugar de criança, de agente passivo no processo de educação. Essa tarefa deve ter início em casa, com os pais nos primeiros anos de vida da criança.
Dar amor é dar suporte emocional, é transmitir valores e princípios para seus filhos. Saber dizer não, explicar o porquê e a importância de cada coisa é a base para que a criança se desenvolva com autonomia, conhecimento, bom senso e suporte adequado para a difícil tarefa de crescer e se inserir no contexto social de forma adequada, positiva e consciente.
Temos que educar nossos filhos para que eles tenham instrumentos e maturidade para pensar e repensar alternativas, não apenas para os problemas que nossa geração está lhes deixando como herança, mas para os novos desafios, que não podemos prever e que certamente eles terão que ter capacidade para enfrentar. Muito mais do que vencer dificuldades, nós pais queremos que nossos filhos possam viver melhor e mais felizes!

Anahid Fernandes

Equilíbrio emocional na infância

COMO DESENVOLVER O EQUILÍBRIO EMOCIONAL NA INFÂNCIA

“As emoções e os sentimentos fazem parte do processo regulador da vida e são essenciais não só à
sobrevivência física individual, mas também
para o êxito da espécie humana.”
António Damásio
Neurocientista português.

O ser humano não nasce com a capacidade de saber identificar seus sentimentos e emoções. Assim como precisamos ensinar uma criança a comer, andar e falar, também devemos fornecer a ela subsídios e orientações sobre como aprender a lidar com as emoções.
Ajudar a criança a perceber e compreender suas próprias emoções nos primeiros anos de vida, fase em que se estrutura o funcionamento do cérebro, em especial até os sete anos de idade, quando as sinapses / as conexões entre os neurônios se estabelecem, é fundamental para desenvolver o equilíbrio cerebral e, consequentemente, para a estabilidade emocional do indivíduo.
Para que isso aconteça, precisamos desenvolver algumas habilidades como aprender a nomear as emoções e a regulá-las de forma harmoniosa, utilizando-as de maneira eficaz. Usar as emoções de maneira eficaz significa que a criança que consegue fazer isso é potencialmente mais habilidosa e usa as emoções a seu favor para resolver problemas e superar os desafios do dia a dia.
Mas, como fazer isso? Para que esta habilidade se desenvolva, são necessárias diversas intervenções e interações socioafetivas que vão ensinar a mente a ser mais coerente emocionalmente. É um exercício de ginástica constante que praticamos ao longo da vida!
No entanto, para que isso seja possível, cabe ao adulto conseguir interpretar as emoções e reações de uma criança a partir da observação de seu comportamento. Dificilmente elas são capazes de expressar com palavras aquilo que sentem, pois seu cérebro ainda não está maduro o suficiente para isso. Perceber o significado dos sentimentos pelo tom de voz, pela expressão facial, ou por outras formas não verbais, é essencial para estabelecer o vínculo afetivo e de confiança no relacionamento diário com elas.
A criança aprende observando os adultos, somos modelos de educação para nossos filhos nas atitudes, pensamentos e principalmente na expressão de nossas emoções. Se você está triste, chorando, ou até mesmo com raiva, não negue suas emoções, diga para seu filho o que você está sentindo e o que ocasionou este sentimento, mas que você está tentando encontrar uma maneira de se acalmar e resolver esta situação. Ensine-o também a fazer o mesmo com seus sentimentos.
Quem de nós nunca teve um momento ou ataque de ira? Quando isso acontecer com seu filho, ou como uma criança próxima, não negue o que está acontecendo, deixe a criança expressar e extravasar seus sentimentos e depois converse sobre o ocorrido. Procure sempre compreender sua reação e dizer algo do tipo: “Eu entendo como você se sente. Sei que você está com raiva e frustrada por não podermos fazer isso agora, mas faremos em uma próxima oportunidade.”
Na primeira infância, o foco da educação não deve ser apenas com a inteligência cognitiva, mas, principalmente, com a inteligência emocional, que nada mais é do que o desenvolvimento da capacidade de se relacionar bem com os outros e consigo mesmo.
Quando a criança aprende a usar adequadamente a inteligência emocional, ela é capaz de identificar com maior precisão seus sentimentos e o dos outros. O trabalho com as emoções é essencial nesta fase de construção do caráter e da personalidade, pois os prazeres e sofrimentos da vida estão profundamente envolvidos com nossos sentimentos. Além disso, nossas condutas estão intimamente relacionadas com nossas emoções. Desta forma, elas desempenham um importante papel em nossa vida social e intelectual, pois atuam como organizadoras do nosso comportamento.
A criança precisa sentir e verbalizar de forma simples, clara e objetiva suas emoções; Não devendo desta forma excluir as consequências de suas atitudes e comportamentos. Esta é a forma mais inteligente de ensinar uma criança a compreender e se posicionar no mundo. A vantagem deste entendimento reside em aprender a ler as situações cotidianas e compreender os relacionamentos e, diante disso, tomar a decisão mais acertada para cada situação.
Vamos começar a ajudar nossos filhos a modular suas as emoções?

Anahid Fernandes
Psicopedagoga , especialista em Educação Infantil e
pós graduada em Gestão de Pessoas; Atua na área da Educação há 21 anos e há 11 anos é Diretora Pedagógica da escola JANELA PARA O TALENTO, localizada na Granja Viana – SP
contato: anahid@janelaparaotalento.com.br
skype: anahid.fernandes

Limites na medida certa

LIMITES NA MEDIDA CERTA!

Educar uma criança é uma tarefa árdua e muito complexa, com situações totalmente inusitadas e inesperadas para a maioria dos pais, que nem sonhavam em ter tanto trabalho e desafios, todos os dias, todas as horas do dia.
Todos nós temos a consciência da importância dos limites nas relações, principalmente nas relações entre pais e filhos, mas o fato de saber disso não é o suficiente para fazer desta uma tarefa fácil. Os pais frequentemente se deparam com muitas dúvidas e conflitos: Como educar da maneira correta? Por que meu filho não me obedece? Onde eu errei? Qual é a idade certa para começar a dizer não?
Antes de tentarmos entender as reações, o comportamento e as birras de nossos filhos, é importante compreendermos nossos valores, crenças e atitudes. O que pretendemos e como queremos educá-los. Educar nada mais é do que transmitir valores éticos e morais. É fundamental que os adultos tenham clareza de suas convicções e sejam fiéis a elas, pois para as crianças, eles são modelos vivos a serem seguidos e é por meio do convívio, com essas referências que elas vão estruturando a sua própria personalidade.
Existe uma grande diferença entre obediência e limite. Limite nada mais é do que uma fronteira que não deve ser transposta, é a demarcação de um território que não deve ser invadido. Já obediência é o ato pelo qual alguém se conforma com as ordens recebidas sem questionamento. Queremos filhos obedientes ou educados?
Antes de qualquer coisa, é preciso ter clareza de dois pontos na hora de repreender ou ensinar uma criança, o que eu quero que ela aprenda com esta situação e de que forma vou fazer isto. Não basta proibi-la de agir de determinada forma, é preciso justificar com bons argumentos a proibição. Uma boa educação é aquela que estabelece limites com consciência, respeito e fundamentos educacionais.
A boa educação é aquela que começa na infância. Os pais muitas vezes se enganam ao achar que a criança ainda é muito pequena para entender o que é certo ou errado, na verdade elas ainda não pensam, nem se expressam da mesma forma que o adulto, mas são como “esponjinhas” e estão captando tudo que está ao seu redor, inclusive o que podem e o que não devem fazer.
É preciso estabelecer regras claras desde cedo para evitar futuros problemas de comportamento. É lógico que as regras vão se estabelecendo de acordo com o nível de desenvolvimento e maturidade das crianças; Mas, ao contrário do que se pensa, as crianças são muito preocupadas com regras. Parece que agir dentro de limites estabelecidos, oferece-lhes uma estrutura segura para lidar com uma situação nova ou desconhecida. A falta de limites para elas muitas vezes é encarada como algo negativo e pode até representar a falta de afeto.
Como pais precisamos compreender a diferença entre autoridade e autoritarismo. Autoridade é uma pessoa que detém o conhecimento sobre um determinado assunto, já autoritarismo está relacionado ao uso excessivo de poder; despotismo. Os adultos são autoridades para a criança, uma vez que conhecem o que elas ainda não conhecem e, por essa razão são eles os responsáveis pela educação, pelos limites, pelo não, pela conscientização e transmissão de valores positivos para sua formação.
Apenas o limite educativo, que é decorrente da clareza de comunicação e de raciocínio, educa para a construção da autonomia. A força dos pais está exatamente em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, adequado ou não, entre o que é essencial e supérfluo, entre os deveres e os direitos, e assim por diante.
Lembre-se sempre que, assim como um atleta precisa de um preparador físico, as crianças precisam de um “preparador” educacional. Portanto, seja você o preparador educacional de seu filho!

Anahid Fernandes

Inteligência não tem uma forma

Inteligência não tem forma

Inteligência é um termo simples, mas ao mesmo tempo difícil e complexo de definir. Algo que todo mundo sabe o que é, mas engasga quando precisa relatar. É um processo cognitivo superior que demanda outros processos mentais como: memória, atenção, motivação e raciocínio.
A definição de inteligência está longe de ser única e consensual, mas podemos defini-la resumidamente como “A capacidade que o indivíduo tem de aprender e lidar com situações adversas para adaptar-se ao meio e ser bem sucedido.”
Todo ser humano nasce com potencial e habilidades que podem ser desenvolvidas ou não, o que difere uma criança de outra são as oportunidades, o ambiente e a educação que ela recebe. Para a neurociência os cérebros são anatomicamente iguais, mas criam redes e conexões neurais diferentes de acordo com os estímulos que o ambiente oferece.
Além disso, não podemos deixar de ressaltar que as características de personalidade e as experiências pessoais, irão impactar na forma de inteligência delas. Sabemos que uma pessoa com muito conhecimento nem sempre é inteligente, assim como uma pessoa inteligente não tem necessariamente muito conhecimento.
Atualmente, vivemos num mundo onde a informação e os conhecimentos circulam numa velocidade muita rápida, pois os meios tecnológicos estão cada vez mais sofisticados. Para não segregarmos o potencial e a inteligência de nossas crianças é fundamental que as escolas e as famílias estejam atentas e se preparem para estimular o uso destes recursos de forma positiva e saudável, educando essa nova geração o uso consciente de todos esses recursos e conhecimentos.
“APRENDER é construir significados. ENSINAR é dar oportunidade igual a todos para esta construção.”

Anahid Fernandes

Educar para a vida

EDUCAR PARA A VIDA

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades.
para a sua própria produção ou a sua construção.”
Paulo Freire

Com um mundo cada vez mais competitivo e globalizado, educar crianças e jovens para o mercado de trabalho passou a ser um desafio cada vez maior para as famílias e escolas.
O que realmente garante uma boa formação e o sucesso profissional de uma pessoa hoje? O modelo de escola brasileira é adequado e prepara o aluno para a vida? Claro que toda regra tem sua exceção, mas o modelo atual na grande maioria das instituições de ensino está ultrapassado, é massante, cansativo e coloca o aluno numa posição muito passiva, atuando mais como ouvinte, do que como agente transformador e explorador do próprio conhecimento. Depois vem o mercado de trabalho e exige diferenciais de seus profissionais. Como, se eles não estão sendo preparados para isso?
O que vemos hoje são crianças cada vez mais desinteressadas pelos temas e conteúdos propostos nas aulas e consequentemente aprendendo mais fora do que dentro da escola. A tecnologia acelerou consideravelmente a quantidade e a velocidade das informações que chegam até as crianças com seus recursos, estímulos e ferramentas invejáveis. Despertar o interesse e motivá-las a aprender coisas realmente significativas, que irão fazer a diferença em suas vidas no futuro, tornou-se uma missão quase impossível.
Ensinar hoje não requer mais somente formação, é preciso sair da postura de mestre, “detentor de todos os saberes” e atuar como mediador e incentivador, proporcionando o conhecimento não somente de conteúdos, mas desenvolvendo habilidades comportamentais e emocionais que irão refletir realmente na formação de pessoas bem preparadas para lidar com os problemas sociais atuais.
Para despertar o interesse e o aprendizado dos alunos hoje, é preciso colocá-los em campo, fora da sala de aula, trabalhando em equipe, levando-os a refletir e procurar soluções para os desafios apresentados. Sem emoção e prazer não haverá aprendizagem! É preciso repensar e reformular as práticas de ensino, criar possibilidades para que o aluno se envolva e desenvolva todo seu potencial intelectual, crítico, criativo e principalmente ético. Se unirmos o útil ao agradável, levando para dentro das escolas todos os recursos que a tecnologia e a ciência nos trazem de benefícios com suas descobertas e evoluções, com certeza teremos aulas mais interessantes, alunos mais participativos e futuros profissionais mais engajados e preparados para solucionar os problemas que nós mesmos criamos!

Anahid Fernandes

 

Como investir no tempo livre de seu filho


COMO INVESTIR NO TEMPO LIVRE DE SEU FILHO

Em se tratando de educação, o Brasil ainda tem muito que evoluir e aprender com países que hoje são modelo neste quesito. Em diversos países como Finlândia, Coreia do Sul, Irlanda, Argentina e Chile, os alunos ficam em média nove horas por dia na escola, enquanto que aqui, a maioria dos alunos não fica mais do que cinco horas por dia. Isso interfere não só na qualidade da educação, como também no desenvolvimento e no futuro de nosso país.
Recentemente, um estudo feito com crianças entre 5 e 18 anos, realizado pela Sociedade para Pesquisa do Desenvolvimento da Criança, nos Estados Unidos, mostrou que estudantes que gastavam vinte horas por semana em cursos e aulas fora do horário escolar demonstraram melhor preparo educacional e psicológico. Pesquisas indicam também que a responsabilidade e a autonomia estimuladas nos cursos extracurriculares colaboram para um melhor rendimento escolar.
O que fazer com as crianças fora do horário da escola? Como preencher o tempo ocioso de seu filho? Essa é uma dúvida que hoje aflige muitos pais. Além da escola, é importante que a formação da criança seja complementada com atividades extracurriculares. Estas atividades ajudam no desenvolvimento de habilidades, de características pessoais, de conhecimentos e diferenciais que serão exigidos quando as crianças crescerem, como o Inglês e outros idiomas por exemplo.
Estimular a aprendizagem, as habilidades e o raciocínio significa aprimorar o desenvolvimento das crianças, o que resulta em adolescentes seguros e adultos melhores sucedidos.
Claro que lotar a agenda da criança, pode sobrecarregá-la e causar até aversão pelos estudos. A agenda da criança precisa ter um espaço livre para o lazer. Os pais não podem esquecer que crianças precisam de tempo livre para brincar e adolescentes, de pausa para descansar. O tempo livre também é importante para a saúde mental. A criança deve poder escolher o que fazer nas horas livres, sem ter o compromisso da rotina.
Na hora de escolher os cursos é importante que os pais estejam atentos ao perfil da criança para saber quais atividades serão melhores para ela.
Os cursos extracurriculares oferecidos geralmente se enquadram em três categorias: intelectuais, esportivas ou corporais e artísticas. O ideal é que a criança pratique pelo menos uma atividade em cada esfera, isso a auxiliará muito em seu desenvolvimento global como ser humano.
Aprender a se expressar, a lidar com suas emoções, autoestima e a timidez podem ser trabalhadas em um curso de teatro, enquanto o raciocínio lógico, a criatividade e a concentração são desenvolvidos nas aulas de música, por exemplo.
Já as atividades intelectuais começam um pouco mais tarde, geralmente depois dos 4 anos, quando as habilidades linguísticas estão mais consolidadas. Para aprender um segundo idioma, como o Inglês, é importante que a criança já tenha bem articulada a língua mãe, no nosso caso o português, isso fará com que ela não desenvolva posteriormente nenhum problema ou dificuldade de fala, linguagem e escrita. Depois de alfabetizada, a criança pode reforçar o que é aprendido na escola e está apta a ser alfabetizada em outros idiomas. As aulas de natação podem começar a partir dos 6 meses com os pais e ajudam a desenvolver a coordenação motora, sociabilidade, a segurança e sobrevivência dentro da água.
Enfim, as atividades extracurriculares além de preencherem boa parte do tempo livre e do dia de seu filho, são excelentes opções para evitar que ele passe o dia sozinho em frente à televisão ou do computador. Vão contribuir ainda para o desenvolvimento das inteligências, capacidades, e consequentemente na qualidade da formação e do futuro profissional que ele irá escolher. Agora que você já sabe a importância destas atividades, converse com ele a respeito, listem as opções e invista na educação sempre!

Anahid Fernandes

Como funciona o cerebro da criança

Como funciona o cérebro da criança

Graças aos avanços e pesquisas da Neurociência hoje conseguimos compreender como o cérebro de uma criança se desenvolve desde o seu nascimento.
A Neurociência nada mais é do que o conjunto de ciências que estudam o sistema nervoso, do que ele é feito, sua estrutura, seu desenvolvimento, funcionamento, sua relação com o comportamento e de como a mente gera pensamentos e emoções.
Diante de todas estas descobertas, pesquisadores afirmam que o cérebro é um órgão que pode ser visualizado, tocado e manipulado. Ele é composto de substâncias químicas, enzimas e hormônios, que podem ser medidos e analisados.
O funcionamento do cérebro depende de neurônios, os quais consomem oxigênio, trocando substâncias químicas através de suas membranas. Existem 100 bilhões de neurônios no cérebro de um recém nascido e 5 trilhões de conexões nervosas, que chegarão a 1 quatrilhão nos primeiros meses de vida da criança. Estas ligações são formadas pela experiência, a partir dos estímulos recebidos e das hipóteses formuladas pelo indivíduo diante de uma nova situação.
Isto vai acontecendo progressiva e expressivamente, à medida que as terminações nervosas responsáveis pela fala, visão, tato, paladar, olfato, audição e pelo movimento fazem suas primeiras conexões. É nos primeiros anos de vida que a criança forma sua personalidade e seu caráter, nesta fase também acontece o desenvolvimento da inteligência e das habilidades.
Assim que a criança nasce, os estímulos devem ser proporcionados da forma mais variada possível, desde um simples toque no bebê recém nascido, até brincadeiras e atividades mais complexas e desafiadoras.
É através dos estímulos sensoriais que são formadas as chamadas sinapses, conexões que favorecem a comunicação entre os neurônios. Quanto mais sinapses se formarem, melhores serão as capacidades cognitivas e maior será o aprendizado ao longo da vida.
Nos primeiros anos de vida o cérebro alcança uma atividade que jamais se repetirá; Entretanto, o cérebro não nasce pronto, ele vai crescendo e amadurecendo ao longo dos anos.
Para que o desenvolvimento cerebral atinja toda sua potencialidade e multiplique seu poder de conexões, o cérebro necessita de exercícios, ou seja, de estímulos. Estes por sua vez devem ser proporcionados de forma adequada, para sejam oferecidos na medida certa, respeitando os estágios de desenvolvimento da criança e suas limitações.
Independentemente da carga genética que também é um fator relevante no desenvolvimento da criança, o cérebro deve ser constantemente desafiado para que mantenha e até melhore as suas funções cognitivas, como: memória, percepção, raciocínio lógico-matemático, linguagem, atenção e aprendizado. Mas, como é na infância que se desenvolvem as bases da inteligência, exercitar os neurônios desde cedo é tão importante para a criança quanto ir à escola, dormir cedo, se alimentar bem e obedecer a regras básicas de disciplina estabelecidas pelos pais.
Diante de todas estas descobertas e informações, hoje temos a possibilidade de ajudar a moldar e estimular o cérebro de nossos filhos, pois a partir do momento que passamos a conhecer o funcionamento desta máquina, temos a oportunidade de intervir de forma positiva na aprendizagem, na aquisição de habilidades sociais, emocionais e comportamentais, contribuindo desta forma para que eles se tornem adultos com melhores capacidades de atuar e agir ao longo de suas vidas.

Anahid Fernandes

 

A benefício das atividades físicas para as crianças

OS BENEFÍCIOS DAS ATIVIDADES FÍSICAS PARA CRIANÇAS
COM ATRASO DE DESENVOLVIMENTO

As atividades físicas de forma geral fazem bem para a saúde, ajudam na prevenção de doenças e na liberação de substâncias químicas importantes para o bom funcionamento do cérebro. Elas estimulam os neurônios que por sua vez aumentam a produção de dopamina,  um neurotransmissor importante que desempenha de várias funções em diferentes áreas do cérebro.
A dopamina é responsável por habilidades como: atenção, motivação, cognição, memória e aprendizagem do indivíduo; Mas, quando está em baixa, pode causar dificuldades de concentração, desânimo, falta de memória e irritabilidade. Esta substância química está diretamente ligada às sensações de euforia, bem estar e satisfação, por isso, ao término de uma atividade física é comum experimentarmos a sensação de prazer e felicidade, como se estivéssemos sendo recompensados por algo.
Agora imagine uma série de atividades físicas propostas em um parque, com um ambiente interativo que reage a comandos e sensações simultâneas durante a realização das mesmas, integrando ao mesmo tempo conceitos, comandos e conteúdos que intensificam a atividade cerebral da criança em forma de brincadeira.
Isso mesmo, para entender melhor como funciona isso na prática, imagine um jogo de alfabetização em uma parede de escalada, onde a criança é motiva a tocar as letras desta parede de acordo com a sequência de comandos de um software, que soletra os nomes e os fonemas iniciais de uma lista de frutas com imagens, ao mesmo tempo, difusoras de essências são programadas para exalar aromas destas frutas na mesma ordem e durante a atividade.
Desta forma transformamos uma simples atividade física em um jogo cheio de emoções e percepções divertida, possibilitando que a criança desenvolva novas conexões cerebrais que possibilitarão a aprendizagem de forma mais efetiva e produtiva.

Anahid Fernandes